O tempo é apenas um pequenino detalhe. Mas, para quem está em sala de
aula, ele faz realmente muita diferença, pois é necessário seguir
horários preestabelecidos. As crianças sentem isso e iniciam este
processo perceptivo quando alguma atividade maravilhosa é interrompida
simplesmente porque o tempo acabou. Para elas, seria muito bom que
pudessem continuar e começam assim, seja em família ou na escola a
perceberem que o tempo é algo que interrompe o que fazem, como se desse
uma ordem silenciosa. Com o passar dos anos sentem que existe algo
chamado relógio. Talvez não descubram primeiro o nome e nem tampouco o
objeto exerça sobre elas algum poder. Mas percebem com nitidez o gesto
que um adulto faz: Um olhar para o relógio. Seja no pulso ou na parede,
sempre há um adulto olhando para um relógio. A grande questão para as
crianças passa a ser: O que é isso e por que olham para ele e em seguida
tomam alguma atitude ou suspiram? Eis a inocente criança a adentrar o
mundo das silenciosas ordens que permearão toda a sua vida. Se a sala de
aula tiver um relógio bonito e colorido podem começar a navegar por
tais oceanos demarcados por portos, de modo mais suave e ameno. Afinal,
elas desejarão saber o que é e para que serve. Será necessário
iniciá-las no mundo dos ponteiros. Que sejam divertidos, afinal, sua
função não será!
Seguem abaixo três modelos de relógio para a parede da sala de aula.
Você pode imprimi-los em papel firme e a confecção pode ser feita
inclusive contando com a colaboração dos pequeninos. Apresentar pronto
não instiga, isto é um grande fato. É necessário sempre respeitar o
percurso. Você, adulto, sabe exatamente como se monta um relógio, sabe
onde colocar cada ponteiro. E porque eles não sabem, deseja fazer para
eles. Em seguida, eles receberão um relógio pronto. E daí? E daí que
você, mais uma vez, prejudicou o caminho do raciocínio. Por que um
cérebro, afinal, se alguém teima em encurtar percursos e ordena que não
os usemos? Isto chega a ser meio pouco inteligente para o próprio
cérebro que se julga tão capaz a ponto de dizer horas e momentos,
caminhos e estradas, enfim, seria mais lógico que cada cérebro pudesse
dizer sozinho até onde pode ir. É preciso estar preparado para o
espanto. Educação que não provoca espanto é simplesmente dispensável.
Você pode imprimir modelos prontos coloridos e deixar que montem, apenas
orientando. Pode também imprimir em branco e deixar que montem. Ofereça
antes um relógio montado, pronto, para que vejam. É claro que já viram e
muito, foi você quem não percebeu. É possível também montar um junto
com eles utilizando sucata. O mundo das horas, perceberão logo, é tão
monótono e chato, sempre cortando aquilo de que gostamos mais e
ordenando outras tarefas. Que bom se ele puder, ao menos, ser colorido e
um pouco alegre. Por isso, eis o relógio da alegria! Para as crianças,
este momento foi muito esperado. Porque elas sabem sem saber que sabem,
ou seja, no fundo é o adulto quem não percebe o quanto elas sabem,
porque eles sempre as julgam "apenas crianças". Talvez ela, a criança,
seja muito mais do que vocês conseguiram perceber até hoje. Apenas
estejam prontos.
O tempo é apenas um pequenino detalhe. Mas, para quem está em sala de
aula, ele faz realmente muita diferença, pois é necessário seguir
horários preestabelecidos. As crianças sentem isso e iniciam este
processo perceptivo quando alguma atividade maravilhosa é interrompida
simplesmente porque o tempo acabou. Para elas, seria muito bom que
pudessem continuar e começam assim, seja em família ou na escola a
perceberem que o tempo é algo que interrompe o que fazem, como se desse
uma ordem silenciosa. Com o passar dos anos sentem que existe algo
chamado relógio. Talvez não descubram primeiro o nome e nem tampouco o
objeto exerça sobre elas algum poder. Mas percebem com nitidez o gesto
que um adulto faz: Um olhar para o relógio. Seja no pulso ou na parede,
sempre há um adulto olhando para um relógio. A grande questão para as
crianças passa a ser: O que é isso e por que olham para ele e em seguida
tomam alguma atitude ou suspiram? Eis a inocente criança a adentrar o
mundo das silenciosas ordens que permearão toda a sua vida. Se a sala de
aula tiver um relógio bonito e colorido podem começar a navegar por
tais oceanos demarcados por portos, de modo mais suave e ameno. Afinal,
elas desejarão saber o que é e para que serve. Será necessário
iniciá-las no mundo dos ponteiros. Que sejam divertidos, afinal, sua
função não será!
Seguem abaixo três modelos de relógio para a parede da sala de aula.
Você pode imprimi-los em papel firme e a confecção pode ser feita
inclusive contando com a colaboração dos pequeninos. Apresentar pronto
não instiga, isto é um grande fato. É necessário sempre respeitar o
percurso. Você, adulto, sabe exatamente como se monta um relógio, sabe
onde colocar cada ponteiro. E porque eles não sabem, deseja fazer para
eles. Em seguida, eles receberão um relógio pronto. E daí? E daí que
você, mais uma vez, prejudicou o caminho do raciocínio. Por que um
cérebro, afinal, se alguém teima em encurtar percursos e ordena que não
os usemos? Isto chega a ser meio pouco inteligente para o próprio
cérebro que se julga tão capaz a ponto de dizer horas e momentos,
caminhos e estradas, enfim, seria mais lógico que cada cérebro pudesse
dizer sozinho até onde pode ir. É preciso estar preparado para o
espanto. Educação que não provoca espanto é simplesmente dispensável.
Você pode imprimir modelos prontos coloridos e deixar que montem, apenas
orientando. Pode também imprimir em branco e deixar que montem. Ofereça
antes um relógio montado, pronto, para que vejam. É claro que já viram e
muito, foi você quem não percebeu. É possível também montar um junto
com eles utilizando sucata. O mundo das horas, perceberão logo, é tão
monótono e chato, sempre cortando aquilo de que gostamos mais e
ordenando outras tarefas. Que bom se ele puder, ao menos, ser colorido e
um pouco alegre. Por isso, eis o relógio da alegria! Para as crianças,
este momento foi muito esperado. Porque elas sabem sem saber que sabem,
ou seja, no fundo é o adulto quem não percebe o quanto elas sabem,
porque eles sempre as julgam "apenas crianças". Talvez ela, a criança,
seja muito mais do que vocês conseguiram perceber até hoje. Apenas
estejam prontos.
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