Em 30 de julho, comemora-se o aniversário do poeta modernista, que pode
ser homenageado com atividades que transformam poesia em pura prosa
Disciplinas: Português, Educação Artística e História
Anos: 3º ao 5º
Objetivos:
- Descobrir o poema e a poesia.
- Conhecer a biografia de Mário Quintana, bem como poemas de sua autoria.
- Treinar declamação.
- Criar e montar poemas com recortes de jornais e revistas.
- Desenhar e declamar.
- Interessar-se por esse tipo de escrita.
- Respeitar a criação dos colegas.
- Opinar e sugerir.
Educar é uma poesia
Merecedora de vários versinhos
Como num poema em soneto
Ou em linhas longas, como uma história em prosa
CONHECENDO O POEMA
Materiais: borracha; caderno; dicionário; lápis preto; autobiografia de Mário Quintana, poemas do autor.
Reproduza os poemas de Mário Quintana em quantidade suficiente para
todos os alunos. Entregue-os a eles para que conheçam o seu trabalho e
entrem em contato com o tipo de escrita. Peça-lhes que leiam os poemas
silenciosamente e depois em voz alta, um a um. Pergunte-lhes o que
entenderam e se concordam com o que foi escrito pelo poeta. Estimule a
participação da classe como um todo, de forma que o debate se torne uma
conversa animada e enriquecedora. Complemente a conversa fornecendo aos
estudantes a autobiografia de Mário Quintana, para que os estudantes o
conheçam e sintam-se mais próximos a ele. Converse a respeito da
diferença entre poemas e poesias e peça-lhes que escrevam poemas, a fim
de ampliar o vocabulário. Lembre a turminha de que o dicionário pode ser
um grande amigo.
Mário Quintana
Auto-biografia
Nasci em Alegrete, em 30 de julho de 1906. Creio que foi a principal
coisa que me aconteceu. E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem!
eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é
indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo,
nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Ah! mas o que
querem são detalhes, cruezas, fofocas... Aí vai! Estou com 78 anos, mas
sem idade. Idades só há duas: ou se está vivo ou morto. Nest e último
caso é idade demais, pois foi-nos prometida a Eternidade. Nasci no rigor
do inverno, temperatura: grau; e ainda por cima prematuramente, o que
me deixava meio complexado, pois achava que não estava pronto. Até que
um dia descobri que alguém tão completo como Winston Churchill nascera
prematuro - o mesmo tendo acontecido a sir Isaac Newton! Excusez du
peu... Prefiro citar a opinião dos outros sobre mim. Dizem que sou
modesto. Pelo contrário, sou tão orgulhoso que acho que nunca escrevi
algo à minha altura. Porque poesia é insatisfação, um anseio de
auto-superação. Um poeta satisfeito não satisfaz. Dizem que sou tímido.
Nada disso! sou é caladão, introspectivo. Não sei porque sujeitam os
introvertidos a tratamentos. Só por não poderem ser chatos como os
outros?
Exatamente por execrar a chatice, a longuidão, é que eu adoro a síntese.
Outro elemento da poesia é a busca da forma (não da fôrma), a dosagem
das palavras. Talvez concorra para esse meu cuidado o fato de ter sido
prático de farmácia durante cinco anos. Note-se que é o mesmo caso de
Carlos Drummond de Andrade, de Alberto de Oliveira, de Érico Veríssimo -
que bem sabem (ou souberam) o que é a luta amorosa com as palavras.
EMOÇÕES À FLOR DA PELE
Materiais: argila; folhas de papel canson; giz de cera; massa de modelar; papel machê; tinta guache colorida.
Aguce os sentidos e traga à tona as emoções mais profundas e pessoais
das crianças, fundamentais para elaborar poesias. Utilizando os
materiais disponíveis, os alunos podem fazer esculturas com tema livre,
como flores, vulcões, animais, prédios ou o que imaginarem. Deixe os
objetos à disposição dos estudantes, a fim de que escolham com qual se
sentem mais à vontade para se expressar artisticamente. Evite prender-se
a exemplos pré-moldados: permita que os pequenos criem espontaneamente,
para que, com o desenvolver do projeto, possam acrescentar idéias e
complementar sua produção.
EXPRESSIVIDADE
Materiais: folhas de papel sulfite tamanho A4; lápis preto.
Depois da manipulação dos materiais e da criação de imagens e objetos,
oriente os alunos a escrever palavras que vêm à mente, inspirados pelo
desenho ou pela escultura. Devem ser vocábulos soltos, que não tenham
necessariamente uma conexão entre si, mas que se relacionem, de alguma
forma, à obra e o que ela representa. Tais associações podem ser
incomuns. De posse da lista de palavras, os estudantes deverão fazer um
poema.
TROCANDO IDEIAS
Materiais: poesias escritas na atividade “Expressividade”.
Solicite que cada criança leia silenciosamente a poesia feita. Com a
autorização do aluno, escreva um dos textos no quadro-negro e peça-lhe
sugestões de palavras ou trechos que possam ser substituídos ou
acrescentados. Faça isso de forma alegre e descontraída. Se julgar
necessário, converse abertanente com a turma, para que nenhum aluno se
sinta desprezado ou pense que você ou os colegas não gostaram do poema
dele, porque algumas palavras estão sendo alteradas. Explique- lhe que é
um exercício de cooperação e que o objetivo é criar poesias a partir
daquela. Também é possível informar como a atividade será feita e pedir
que alguém se habilite a ter o texto alterado, sempre com muito respeito
pelo trabalho do colega. Por fim, a garotada deve reescrever os
próprios textos. A leitura em voz alta de alguns poemas para a classe
completa a atividade.
DESCONSTRUIR E RECONSTRUIR
Materiais: borracha; lápis preto; folha de papel sulfite tamanho A4;
poesias de Mário Quintana (prontas na folha de moldes); tesoura com
ponta arredondada.
Vale tudo com a poesia, até obras de poetas consagrados podem ser
desmontadas e reescritas, sem solenidade. Versos e poemas podem ser
usados como ponto de partida para que os alunos desenvolvam o próprio
estilo. Os exercícios podem ser realizados individualmente ou em grupo.
Criar rimas e versos livres é importantíssimo. Às vezes, restringimos as
poesias ligando-as à necessidade de rimar, e isso é desnecessário:
muitas vezes, mais importante que rimar é encontrar a sonoridade das
palavras, transmitindo a emoção desejada. Inicie a dinâmica apresentando
um verso fixo para as crianças. A partir dele, elas devem criar
poesias, permanecendo atentas à sonoridade das palavras. Preste atenção
ao que os pequenos escrevem, pois, muitas vezes, eles apenas buscam
palavras que combinam entre si e não se relacionam com o poema. A
coerência é importante. Em seguida, distribua cópias do molde das
poesias de Mário Quintana e peça que as crianças cortem palavras ou
frases, para depois criar outras montagens.
Em 30 de julho, comemora-se o aniversário do poeta modernista, que pode
ser homenageado com atividades que transformam poesia em pura prosa
Disciplinas: Português, Educação Artística e História
Anos: 3º ao 5º
Objetivos:
- Descobrir o poema e a poesia.
- Conhecer a biografia de Mário Quintana, bem como poemas de sua autoria.
- Treinar declamação.
- Criar e montar poemas com recortes de jornais e revistas.
- Desenhar e declamar.
- Interessar-se por esse tipo de escrita.
- Respeitar a criação dos colegas.
- Opinar e sugerir.
Educar é uma poesia
Merecedora de vários versinhos
Como num poema em soneto
Ou em linhas longas, como uma história em prosa
CONHECENDO O POEMA
Materiais: borracha; caderno; dicionário; lápis preto; autobiografia de Mário Quintana, poemas do autor.
Reproduza os poemas de Mário Quintana em quantidade suficiente para
todos os alunos. Entregue-os a eles para que conheçam o seu trabalho e
entrem em contato com o tipo de escrita. Peça-lhes que leiam os poemas
silenciosamente e depois em voz alta, um a um. Pergunte-lhes o que
entenderam e se concordam com o que foi escrito pelo poeta. Estimule a
participação da classe como um todo, de forma que o debate se torne uma
conversa animada e enriquecedora. Complemente a conversa fornecendo aos
estudantes a autobiografia de Mário Quintana, para que os estudantes o
conheçam e sintam-se mais próximos a ele. Converse a respeito da
diferença entre poemas e poesias e peça-lhes que escrevam poemas, a fim
de ampliar o vocabulário. Lembre a turminha de que o dicionário pode ser
um grande amigo.
Mário Quintana
Auto-biografia
Nasci em Alegrete, em 30 de julho de 1906. Creio que foi a principal
coisa que me aconteceu. E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem!
eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é
indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo,
nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Ah! mas o que
querem são detalhes, cruezas, fofocas... Aí vai! Estou com 78 anos, mas
sem idade. Idades só há duas: ou se está vivo ou morto. Nest e último
caso é idade demais, pois foi-nos prometida a Eternidade. Nasci no rigor
do inverno, temperatura: grau; e ainda por cima prematuramente, o que
me deixava meio complexado, pois achava que não estava pronto. Até que
um dia descobri que alguém tão completo como Winston Churchill nascera
prematuro - o mesmo tendo acontecido a sir Isaac Newton! Excusez du
peu... Prefiro citar a opinião dos outros sobre mim. Dizem que sou
modesto. Pelo contrário, sou tão orgulhoso que acho que nunca escrevi
algo à minha altura. Porque poesia é insatisfação, um anseio de
auto-superação. Um poeta satisfeito não satisfaz. Dizem que sou tímido.
Nada disso! sou é caladão, introspectivo. Não sei porque sujeitam os
introvertidos a tratamentos. Só por não poderem ser chatos como os
outros?
Exatamente por execrar a chatice, a longuidão, é que eu adoro a síntese.
Outro elemento da poesia é a busca da forma (não da fôrma), a dosagem
das palavras. Talvez concorra para esse meu cuidado o fato de ter sido
prático de farmácia durante cinco anos. Note-se que é o mesmo caso de
Carlos Drummond de Andrade, de Alberto de Oliveira, de Érico Veríssimo -
que bem sabem (ou souberam) o que é a luta amorosa com as palavras.
EMOÇÕES À FLOR DA PELE
Materiais: argila; folhas de papel canson; giz de cera; massa de modelar; papel machê; tinta guache colorida.
Aguce os sentidos e traga à tona as emoções mais profundas e pessoais
das crianças, fundamentais para elaborar poesias. Utilizando os
materiais disponíveis, os alunos podem fazer esculturas com tema livre,
como flores, vulcões, animais, prédios ou o que imaginarem. Deixe os
objetos à disposição dos estudantes, a fim de que escolham com qual se
sentem mais à vontade para se expressar artisticamente. Evite prender-se
a exemplos pré-moldados: permita que os pequenos criem espontaneamente,
para que, com o desenvolver do projeto, possam acrescentar idéias e
complementar sua produção.
EXPRESSIVIDADE
Materiais: folhas de papel sulfite tamanho A4; lápis preto.
Depois da manipulação dos materiais e da criação de imagens e objetos,
oriente os alunos a escrever palavras que vêm à mente, inspirados pelo
desenho ou pela escultura. Devem ser vocábulos soltos, que não tenham
necessariamente uma conexão entre si, mas que se relacionem, de alguma
forma, à obra e o que ela representa. Tais associações podem ser
incomuns. De posse da lista de palavras, os estudantes deverão fazer um
poema.
TROCANDO IDEIAS
Materiais: poesias escritas na atividade “Expressividade”.
Solicite que cada criança leia silenciosamente a poesia feita. Com a
autorização do aluno, escreva um dos textos no quadro-negro e peça-lhe
sugestões de palavras ou trechos que possam ser substituídos ou
acrescentados. Faça isso de forma alegre e descontraída. Se julgar
necessário, converse abertanente com a turma, para que nenhum aluno se
sinta desprezado ou pense que você ou os colegas não gostaram do poema
dele, porque algumas palavras estão sendo alteradas. Explique- lhe que é
um exercício de cooperação e que o objetivo é criar poesias a partir
daquela. Também é possível informar como a atividade será feita e pedir
que alguém se habilite a ter o texto alterado, sempre com muito respeito
pelo trabalho do colega. Por fim, a garotada deve reescrever os
próprios textos. A leitura em voz alta de alguns poemas para a classe
completa a atividade.
DESCONSTRUIR E RECONSTRUIR
Materiais: borracha; lápis preto; folha de papel sulfite tamanho A4;
poesias de Mário Quintana (prontas na folha de moldes); tesoura com
ponta arredondada.
Vale tudo com a poesia, até obras de poetas consagrados podem ser
desmontadas e reescritas, sem solenidade. Versos e poemas podem ser
usados como ponto de partida para que os alunos desenvolvam o próprio
estilo. Os exercícios podem ser realizados individualmente ou em grupo.
Criar rimas e versos livres é importantíssimo. Às vezes, restringimos as
poesias ligando-as à necessidade de rimar, e isso é desnecessário:
muitas vezes, mais importante que rimar é encontrar a sonoridade das
palavras, transmitindo a emoção desejada. Inicie a dinâmica apresentando
um verso fixo para as crianças. A partir dele, elas devem criar
poesias, permanecendo atentas à sonoridade das palavras. Preste atenção
ao que os pequenos escrevem, pois, muitas vezes, eles apenas buscam
palavras que combinam entre si e não se relacionam com o poema. A
coerência é importante. Em seguida, distribua cópias do molde das
poesias de Mário Quintana e peça que as crianças cortem palavras ou
frases, para depois criar outras montagens.
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