As crianças da geração selfie



AS CRIANÇAS DA GERAÇÃO SELFIE

Sabemos como o avanço da tecnologia tem modificado a cultura da sociedade, isso em termos globais e quase que instantaneamente, ou seja, literalmente na velocidade da luz. A relação interpessoal e as formas de comunicação estão cada vez mais virtuais para as crianças, é o que aponta várias pesquisas feitas pelo mundo todo, por exemplo, a pesquisa Tic Kids Online, realizada com 1.580 crianças de adolescentes entre 9-16 anos, e executada pelo Cetib.br (Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação). O resultado mostrou que 47% dos entrevistados ficam online todos os dias, 68% disseram acessar redes sociais, 70% tem perfil em alguma mídia, 29% são seguidos por mais de 100 pessoas e 86% exibem sua foto de rosto.
O que assusta é saber como essas vivencias nas redes sociais, passam a ser cada dia mais uma prioridade acima de tudo para as crianças da mais tenra idade. Assim como os adolescentes e os adultos não conseguem distinguir vida real e vida virtual, as crianças também são conduzidas pelo mesmo caminho, muitas vezes da pior forma possível, haja vista como é crescente o quantitativo de crianças plugadas o tempo todo nas redes sociais sem qualquer prevenção, advertência dos males que isto pode causar.  Os pais, por sua vez, estão perdendo (ou querem mesmo perder) a sua responsabilidade enquanto educadores dos seus filhos, fazendo com que estes fiquem horas a fio diante de uma tela de computador, celular ou televisão, com programas que nada enriquecem o seu desenvolvimento cognitivo, emocional, psicomotor e social. Mas, e o que há de errado nisso? Tudo. Um resultado de pesquisa recente realizada nos Estados Unidos divulgou que é cada vez maior o número de crianças menores de 2 anos que usam Tablets e/ou Smartphones (38%) e este número é crescente em outros países. (Fonte Carta Capital). Isso é preocupante já que essas crianças estão sendo privadas das brincadeiras tradicionais, do convívio com outras crianças - que é fundamental para o desenvolvimento humano - a sociabilidade e a interação com o mundo real.


Percebam que são crianças com até 2 anos de idade que estão sendo "acalmadas", "entretidas" e “educadas” com o excesso e exagero de novas tecnologias. A culpa? É do adulto, lógico. É ele o responsável por avaliar os malefícios que o uso contínuo desta ferramenta pode causar no desenvolvimento da criança. Portanto, troquem os aparelhos digitais pelas brincadeiras saudáveis realizadas em casa ou ao ar livre com os seus filhos ou parentes. Experimente contar histórias infantis, fazer brincadeiras de rua, criar brinquedos com sucatas e descartáveis, fazer passeios ou piquenique, andar de bicicleta, passear pelas ruas do seu bairro/cidade ensinando cultura, diversidade, estimulando o fascínio do querer aprender de maneira saudável.
Enfim, a lista é infindável para que pais e filhos tenham uma vida saudável, sustentável e rica em imaginação, criatividade, interação e alegrias no mundo real. Infelizmente, muitos pais e responsáveis não acompanham os caminhos pelos quais os filhos estão se relacionando virtualmente: sites de pornografias, jogos, amizades escusas, pedofilias, compartilhamento de fotos e vídeos, abertura pra o mundo do crime, das drogas, dos insultos digitais que geralmente são realizados contra outras pessoas ou grupos, acesso a propagandas eróticas e apelo ao consumismo, manipulação e tudo aquilo que pode perverter a qualidade de vida emocional, social, moral, mental e até física de uma criança.
Outra área bastante prejudicada é a aprendizagem. Isso porque a tecnologia causa dependência, e quando não usada “Moderadamente” trará com certeza prejuízos no aprendizado e nas relações sociais destas crianças, sem falar nas crianças que estão frequentando as primeiras séries da Ed Infantil.
Já parou para pensar como atualmente as crianças no ambiente escolar se relacionam atualmente? Embora conectados socialmente pelo ambiente de estudo, mesmo convivendo no mesmo espaço, muitas vezes vivem isolados em seu próprio mundo virtual em oposição à vida real. As relações de amizade e família estão ficando cada vez mais superficiais. Diante deste cenário é importante que os adultos estejam cada vez mais presentes na educação doméstica e escolar de seus filhos, tendo o senso crítico sobre possibilidades e limites, sempre aconselhando, corrigindo e ensinando o melhor caminho na vida dentro e fora do espaço virtual. Afinal, sabemos com as crianças ainda são vulneráveis em seus pensamentos e atos.  
A estimulação do desenvolvimento cerebral causada pela exposição excessiva de tecnologias, como celulares, jogos on-line e redes sociais, pode estar associada ao déficit de funcionamento executivo, a prejuízos na aprendizagem e à capacidade de se autorregular, tanto nessa etapa quanto ao longo da infância e adolescência.
Um dos riscos dessa exposição é a chamada Dependência de Internet, uma inabilidade progressiva de controlar o uso da internet, combinada com desconforto emocional, aumento da ansiedade e estresse. Outros problemas são timidez, fobia social, distúrbios do sono e depressão. Portanto pais e responsáveis, fiquem atentos quanto a permissão ao uso excessivo das redes sociais pelas crianças.


    Artigo Prof Marcos L Souza
Psicopedagogo – Historiador – Escritor – Pesquisador




AS CRIANÇAS DA GERAÇÃO SELFIE

Sabemos como o avanço da tecnologia tem modificado a cultura da sociedade, isso em termos globais e quase que instantaneamente, ou seja, literalmente na velocidade da luz. A relação interpessoal e as formas de comunicação estão cada vez mais virtuais para as crianças, é o que aponta várias pesquisas feitas pelo mundo todo, por exemplo, a pesquisa Tic Kids Online, realizada com 1.580 crianças de adolescentes entre 9-16 anos, e executada pelo Cetib.br (Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação). O resultado mostrou que 47% dos entrevistados ficam online todos os dias, 68% disseram acessar redes sociais, 70% tem perfil em alguma mídia, 29% são seguidos por mais de 100 pessoas e 86% exibem sua foto de rosto.
O que assusta é saber como essas vivencias nas redes sociais, passam a ser cada dia mais uma prioridade acima de tudo para as crianças da mais tenra idade. Assim como os adolescentes e os adultos não conseguem distinguir vida real e vida virtual, as crianças também são conduzidas pelo mesmo caminho, muitas vezes da pior forma possível, haja vista como é crescente o quantitativo de crianças plugadas o tempo todo nas redes sociais sem qualquer prevenção, advertência dos males que isto pode causar.  Os pais, por sua vez, estão perdendo (ou querem mesmo perder) a sua responsabilidade enquanto educadores dos seus filhos, fazendo com que estes fiquem horas a fio diante de uma tela de computador, celular ou televisão, com programas que nada enriquecem o seu desenvolvimento cognitivo, emocional, psicomotor e social. Mas, e o que há de errado nisso? Tudo. Um resultado de pesquisa recente realizada nos Estados Unidos divulgou que é cada vez maior o número de crianças menores de 2 anos que usam Tablets e/ou Smartphones (38%) e este número é crescente em outros países. (Fonte Carta Capital). Isso é preocupante já que essas crianças estão sendo privadas das brincadeiras tradicionais, do convívio com outras crianças - que é fundamental para o desenvolvimento humano - a sociabilidade e a interação com o mundo real.


Percebam que são crianças com até 2 anos de idade que estão sendo "acalmadas", "entretidas" e “educadas” com o excesso e exagero de novas tecnologias. A culpa? É do adulto, lógico. É ele o responsável por avaliar os malefícios que o uso contínuo desta ferramenta pode causar no desenvolvimento da criança. Portanto, troquem os aparelhos digitais pelas brincadeiras saudáveis realizadas em casa ou ao ar livre com os seus filhos ou parentes. Experimente contar histórias infantis, fazer brincadeiras de rua, criar brinquedos com sucatas e descartáveis, fazer passeios ou piquenique, andar de bicicleta, passear pelas ruas do seu bairro/cidade ensinando cultura, diversidade, estimulando o fascínio do querer aprender de maneira saudável.
Enfim, a lista é infindável para que pais e filhos tenham uma vida saudável, sustentável e rica em imaginação, criatividade, interação e alegrias no mundo real. Infelizmente, muitos pais e responsáveis não acompanham os caminhos pelos quais os filhos estão se relacionando virtualmente: sites de pornografias, jogos, amizades escusas, pedofilias, compartilhamento de fotos e vídeos, abertura pra o mundo do crime, das drogas, dos insultos digitais que geralmente são realizados contra outras pessoas ou grupos, acesso a propagandas eróticas e apelo ao consumismo, manipulação e tudo aquilo que pode perverter a qualidade de vida emocional, social, moral, mental e até física de uma criança.
Outra área bastante prejudicada é a aprendizagem. Isso porque a tecnologia causa dependência, e quando não usada “Moderadamente” trará com certeza prejuízos no aprendizado e nas relações sociais destas crianças, sem falar nas crianças que estão frequentando as primeiras séries da Ed Infantil.
Já parou para pensar como atualmente as crianças no ambiente escolar se relacionam atualmente? Embora conectados socialmente pelo ambiente de estudo, mesmo convivendo no mesmo espaço, muitas vezes vivem isolados em seu próprio mundo virtual em oposição à vida real. As relações de amizade e família estão ficando cada vez mais superficiais. Diante deste cenário é importante que os adultos estejam cada vez mais presentes na educação doméstica e escolar de seus filhos, tendo o senso crítico sobre possibilidades e limites, sempre aconselhando, corrigindo e ensinando o melhor caminho na vida dentro e fora do espaço virtual. Afinal, sabemos com as crianças ainda são vulneráveis em seus pensamentos e atos.  
A estimulação do desenvolvimento cerebral causada pela exposição excessiva de tecnologias, como celulares, jogos on-line e redes sociais, pode estar associada ao déficit de funcionamento executivo, a prejuízos na aprendizagem e à capacidade de se autorregular, tanto nessa etapa quanto ao longo da infância e adolescência.
Um dos riscos dessa exposição é a chamada Dependência de Internet, uma inabilidade progressiva de controlar o uso da internet, combinada com desconforto emocional, aumento da ansiedade e estresse. Outros problemas são timidez, fobia social, distúrbios do sono e depressão. Portanto pais e responsáveis, fiquem atentos quanto a permissão ao uso excessivo das redes sociais pelas crianças.


    Artigo Prof Marcos L Souza
Psicopedagogo – Historiador – Escritor – Pesquisador



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