AUTORIDADE, COMO SE FAZ RESPEITAR?
Que as crianças precisam de regras e limites, isso é bem claro. Mas o
que aflige muitos pais é saber como fazer para que seus filhos obedeçam a
essas orientações. Em resumo: como exercer a autoridade paterna e
materna e como conquistar o respeito dos filhos. Em primeiro lugar, é
preciso fazer uma distinção: ter autoridade é bem diferente de ser
autoritário. O pai ou a mãe autoritários são aqueles que só conseguem
que suas ordens sejam obedecidas por meio da repressão, das ameaças e
até pelo uso da violência física ou verbal. Quem age assim pode até
conseguir que o filho obedeça naquele momento uma ordem. Mas não estará
educando: nada garante que a criança entenda porque precisa seguir
aquela regra e continue obedecendo quando os pais não estiverem por
perto. Já os pais que têm autoridade são aqueles que estabelecem
combinados com os filhos e têm persistência para cobrar que eles sejam
cumpridos, estabelecendo e aplicando conseqüências quando a criança
quebra as regras. Veja as dicas dos especialistas para se fazer
respeitar:
1. É de pequenino que se torce o pepino: Regras, limites e
responsabilidades devem ser dados às crianças desde bem pequenas. “É
preciso começar na primeira infância. Quanto mais tarde os pais deixam
para começar a aplicar regras e dar limites, mais difícil é conseguir
que as crianças obedeçam”, diz Quezia Bombonatto, presidente da
Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). Desde os dois ou três
anos as crianças já podem aprender tarefas como guardar seus próprios
brinquedos depois de usá-los.
2. Seja amigo, mas não deixe de ser pai ou mãe: Você pode e deve ser
amigo de seu filho, ouvir suas confidências, ser companheiro. Mas isso
não significa que deve abrir mão de sua autoridade com ele. “Ser
pai-amigo é diferente de ser apenas um amigo, alguém que está de igual
para igual com a criança, que é um de seus pares. Pai-amigo é aquele que
acolhe, mas que coloca limites também”, diz Quezia Bombonatto,
presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp).
3. Não seja autoritário, mas dê limites: “Educar é uma tarefa muito
difícil, mas é fácil criar alguém propenso a ser um delinquente: basta
ser muito autoritário ou não dar limite nenhum”, diz a psicóloga clínica
Rosana Augone, que há 27 anos presta serviços e dá palestras em
escolas. Ser autoritário é se fazer obedecer por meio de ameaças, gritos
ou violência. Isso não educa a criança. “Mas muitos pais, com medo de
serem autoritários, acabam fazendo exatamente o contrário: não colocam
quaisquer limites. E com isso, permitem que os filhos se tornem os
autoritários, os tiranos da história”, afirma Quezia Bombonatto,
presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp).
4. Não faça todas as vontades de seu filho: Se fazer respeitar também
significa mostrar para o filho que não são só as vontades dele que
contam. “Vemos pais que cedem a tudo que os filhos querem: se a família
decide sair para comer fora, a escolha do restaurante leva em conta só
os desejos das crianças. No carro, só se ouvem as músicas que as
crianças ou adolescentes desejam. Crianças criadas assim tendem a
crescer acreditando que só elas têm direitos e estão no comando”, afirma
Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de
Psicopedagogia (ABPp). Segundo ela, os pais devem compreender que dar
tudo que a criança deseja não os torna mais “legais” ou melhores pais.
5. Seja firme até na hora da alimentação: A cena é conhecida de muitas
mães: ela coloca o prato na mesa e o filho se recusa a comer, chorando,
esperneando ou até mostrando ânsia de vômito. A mãe, com receio que o
filho fique sem se alimentar, cede à pressão da criança e deixa que ele
coma apenas o que deseja. “Também nessas horas os pais devem fazer valer
sua autoridade. São os pais que sabem o que é melhor para alimentação
da criança e não a criança que deve decidir o que comer. Não quis comer o
almoço? Guarde o prato e diga que ela não comerá outra coisa até o
jantar. A criança vai ficar com fome? Vai. E da próxima vez não se
recusará a comer”, diz a psicóloga clínica Rosana Augone.
6. Não ceda ao choro, birras e manhas: No Shopping Center, a criança
pede um brinquedo novo. Os pais dizem que “não”. A criança chora, se
joga no chão, faz escândalo. “Está bem, pare com isso, vamos comprar”,
dizem os pais, envergonhados do escândalo público. “Pior que dizer “não”
é voltar atrás e dizer “sim” para fazer com que o filho pare de chorar
ou de fazer escândalo. Quem faz isso está ensinando que vale a pena
fazer birra, chorar e gritar”, diz a psicóloga clínica Rosana Augone. No
processo educativo os pais vão se deparar com freqüência com choro,
birras, manhas e escândalos das mais variadas naturezas. Nessas horas é
preciso manter a firmeza: “Alguns pais se sentem mal por dizer não à
criança quando ela quer alguma coisa. Mas saber dizer “não” é
necessário. E mais necessário ainda é manter-se firme em sua decisão”,
afirma ela.
7. Seja persistente: Para conquistar o respeito de seu filho, é preciso
ser persistente na tarefa de educar. “O que não pode é um dia, em que se
está disposto, cobrar que o filho faça o que lhe é mandado e no outro,
porque o pai está cansado ou não tem tempo, deixar para lá as
desobediências ou quebras de regras”, diz Quezia Bombonatto, presidente
da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). “Você já falou mil
vezes e, ainda assim, todos os dias tem que mandar escovar os dentes?
Sim, é seu papel repetir até a criança aprender e incorporar essa tarefa
em sua rotina”.
8. Saiba como estabelecer punições: Seu filho não arrumou o quarto como
você pediu ou deixou de fazer o dever de casa? Estabeleça uma
conseqüência, de acordo com a idade da criança. Para os pequenos, não
adianta ameaçar dizendo que vai deixar um mês sem televisão se ele não
arrumar a cama. “Para as crianças menores, os castigos e punições têm
que ser curtos e aplicados na hora. No dia seguinte, ela já esqueceu o
que se passou. E é preciso estabelecer punições que possam ser
cumpridas. Não ameace aquilo que você não pode ou não vai fazer”,
orienta Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de
Psicopedagogia (ABPp).
9. Resolva conflitos longe da criança: O pai diz que “sim”, mas a mãe
acha que “não”. Se o casal discorda sobre o que fazer diante de um
pedido do filho ou de uma regra da casa, conversem reservadamente e
longe da criança até chegar em um acordo. “O que não pode acontecer é
brigar na frente da criança e um desautorizar o outro”, afirma Quezia
Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia
(ABPp). Se o filho pede algo e um dos pais não está presente, diga à
criança para esperar que os dois conversem e mais tarde dê a resposta à
criança.
10. Dê o exemplo: Na sua casa criança não pode falar palavrão? Tem que
comer salada? Tem que ajudar nas tarefas do lar? Então você precisa dar o
exemplo, para mostrar a coerência entre o que você diz e o que você
faz. “Autoridade é ensinar o filho a fazer não só o que você diz, mas o
que você faz. Os pais são os modelos das crianças”, diz a psicóloga
clínica Rosana Augone.
Fonte: Educar para Crescer
AUTORIDADE, COMO SE FAZ RESPEITAR?
Que as crianças precisam de regras e limites, isso é bem claro. Mas o
que aflige muitos pais é saber como fazer para que seus filhos obedeçam a
essas orientações. Em resumo: como exercer a autoridade paterna e
materna e como conquistar o respeito dos filhos. Em primeiro lugar, é
preciso fazer uma distinção: ter autoridade é bem diferente de ser
autoritário. O pai ou a mãe autoritários são aqueles que só conseguem
que suas ordens sejam obedecidas por meio da repressão, das ameaças e
até pelo uso da violência física ou verbal. Quem age assim pode até
conseguir que o filho obedeça naquele momento uma ordem. Mas não estará
educando: nada garante que a criança entenda porque precisa seguir
aquela regra e continue obedecendo quando os pais não estiverem por
perto. Já os pais que têm autoridade são aqueles que estabelecem
combinados com os filhos e têm persistência para cobrar que eles sejam
cumpridos, estabelecendo e aplicando conseqüências quando a criança
quebra as regras. Veja as dicas dos especialistas para se fazer
respeitar:
1. É de pequenino que se torce o pepino: Regras, limites e
responsabilidades devem ser dados às crianças desde bem pequenas. “É
preciso começar na primeira infância. Quanto mais tarde os pais deixam
para começar a aplicar regras e dar limites, mais difícil é conseguir
que as crianças obedeçam”, diz Quezia Bombonatto, presidente da
Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). Desde os dois ou três
anos as crianças já podem aprender tarefas como guardar seus próprios
brinquedos depois de usá-los.
2. Seja amigo, mas não deixe de ser pai ou mãe: Você pode e deve ser
amigo de seu filho, ouvir suas confidências, ser companheiro. Mas isso
não significa que deve abrir mão de sua autoridade com ele. “Ser
pai-amigo é diferente de ser apenas um amigo, alguém que está de igual
para igual com a criança, que é um de seus pares. Pai-amigo é aquele que
acolhe, mas que coloca limites também”, diz Quezia Bombonatto,
presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp).
3. Não seja autoritário, mas dê limites: “Educar é uma tarefa muito
difícil, mas é fácil criar alguém propenso a ser um delinquente: basta
ser muito autoritário ou não dar limite nenhum”, diz a psicóloga clínica
Rosana Augone, que há 27 anos presta serviços e dá palestras em
escolas. Ser autoritário é se fazer obedecer por meio de ameaças, gritos
ou violência. Isso não educa a criança. “Mas muitos pais, com medo de
serem autoritários, acabam fazendo exatamente o contrário: não colocam
quaisquer limites. E com isso, permitem que os filhos se tornem os
autoritários, os tiranos da história”, afirma Quezia Bombonatto,
presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp).
4. Não faça todas as vontades de seu filho: Se fazer respeitar também
significa mostrar para o filho que não são só as vontades dele que
contam. “Vemos pais que cedem a tudo que os filhos querem: se a família
decide sair para comer fora, a escolha do restaurante leva em conta só
os desejos das crianças. No carro, só se ouvem as músicas que as
crianças ou adolescentes desejam. Crianças criadas assim tendem a
crescer acreditando que só elas têm direitos e estão no comando”, afirma
Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de
Psicopedagogia (ABPp). Segundo ela, os pais devem compreender que dar
tudo que a criança deseja não os torna mais “legais” ou melhores pais.
5. Seja firme até na hora da alimentação: A cena é conhecida de muitas
mães: ela coloca o prato na mesa e o filho se recusa a comer, chorando,
esperneando ou até mostrando ânsia de vômito. A mãe, com receio que o
filho fique sem se alimentar, cede à pressão da criança e deixa que ele
coma apenas o que deseja. “Também nessas horas os pais devem fazer valer
sua autoridade. São os pais que sabem o que é melhor para alimentação
da criança e não a criança que deve decidir o que comer. Não quis comer o
almoço? Guarde o prato e diga que ela não comerá outra coisa até o
jantar. A criança vai ficar com fome? Vai. E da próxima vez não se
recusará a comer”, diz a psicóloga clínica Rosana Augone.
6. Não ceda ao choro, birras e manhas: No Shopping Center, a criança
pede um brinquedo novo. Os pais dizem que “não”. A criança chora, se
joga no chão, faz escândalo. “Está bem, pare com isso, vamos comprar”,
dizem os pais, envergonhados do escândalo público. “Pior que dizer “não”
é voltar atrás e dizer “sim” para fazer com que o filho pare de chorar
ou de fazer escândalo. Quem faz isso está ensinando que vale a pena
fazer birra, chorar e gritar”, diz a psicóloga clínica Rosana Augone. No
processo educativo os pais vão se deparar com freqüência com choro,
birras, manhas e escândalos das mais variadas naturezas. Nessas horas é
preciso manter a firmeza: “Alguns pais se sentem mal por dizer não à
criança quando ela quer alguma coisa. Mas saber dizer “não” é
necessário. E mais necessário ainda é manter-se firme em sua decisão”,
afirma ela.
7. Seja persistente: Para conquistar o respeito de seu filho, é preciso
ser persistente na tarefa de educar. “O que não pode é um dia, em que se
está disposto, cobrar que o filho faça o que lhe é mandado e no outro,
porque o pai está cansado ou não tem tempo, deixar para lá as
desobediências ou quebras de regras”, diz Quezia Bombonatto, presidente
da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). “Você já falou mil
vezes e, ainda assim, todos os dias tem que mandar escovar os dentes?
Sim, é seu papel repetir até a criança aprender e incorporar essa tarefa
em sua rotina”.
8. Saiba como estabelecer punições: Seu filho não arrumou o quarto como
você pediu ou deixou de fazer o dever de casa? Estabeleça uma
conseqüência, de acordo com a idade da criança. Para os pequenos, não
adianta ameaçar dizendo que vai deixar um mês sem televisão se ele não
arrumar a cama. “Para as crianças menores, os castigos e punições têm
que ser curtos e aplicados na hora. No dia seguinte, ela já esqueceu o
que se passou. E é preciso estabelecer punições que possam ser
cumpridas. Não ameace aquilo que você não pode ou não vai fazer”,
orienta Quezia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de
Psicopedagogia (ABPp).
9. Resolva conflitos longe da criança: O pai diz que “sim”, mas a mãe
acha que “não”. Se o casal discorda sobre o que fazer diante de um
pedido do filho ou de uma regra da casa, conversem reservadamente e
longe da criança até chegar em um acordo. “O que não pode acontecer é
brigar na frente da criança e um desautorizar o outro”, afirma Quezia
Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia
(ABPp). Se o filho pede algo e um dos pais não está presente, diga à
criança para esperar que os dois conversem e mais tarde dê a resposta à
criança.
10. Dê o exemplo: Na sua casa criança não pode falar palavrão? Tem que
comer salada? Tem que ajudar nas tarefas do lar? Então você precisa dar o
exemplo, para mostrar a coerência entre o que você diz e o que você
faz. “Autoridade é ensinar o filho a fazer não só o que você diz, mas o
que você faz. Os pais são os modelos das crianças”, diz a psicóloga
clínica Rosana Augone.
Fonte: Educar para Crescer
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