TDAH - TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE
O que é distúrbio de déficit de atenção?
O processo de desenvolvimento infantil é marcado por inúmeros
sobressaltos. Essa situação é atribuída à série de descobertas e
revelações que cada criança demonstra. Dentre tais detalhes, podemos
destacar aqueles que incidem sobre a vida da criança de maneira mais
séria. Transtornos e distúrbios podem fazer parte da nossa vida; e o
público infantil não está livre. Afinal, os pequenos estão em formação e
alguns desses quadros neurológicos, neurobiológicos e biológicos tendem
a vir, até mesmo, no nascimento. O déficit de atenção, por exemplo, é
um deles.
Antes da consolidação de pesquisas bem fundamentadas e respeitadas mundo
afora, essa condição era considerada como desatenção proposital,
preguiça de pensar e, pejorativamente, ‘lerdeza’. Os mais velhos que
conviveram com esse transtorno eram completamente mal compreendidos.
O que é o distúrbio de déficit de atenção?
Para tornar a explicação mais completa, é necessário falar sobre o
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. O TDAH é um
transtorno neurocomportamental. Interessante ressaltar que ele é um dos
mais comuns em crianças, sendo que a taxa de incidência entre elas varia
de 5 a 6% desse grupo em todo mundo.
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatísticos de Transtornos
Mentais-5, o TDAH está dentro do grupo dos Distúrbios de
Desenvolvimento. Isso revela uma condição que tem início na fase
infanto-juvenil.
Em relação ao déficit de atenção, De Luccia (2014) afirma a função
psíquica da atenção costuma estar relacionada aos aspectos da vigilância
e da tenacidade. Além disso, o déficit identificado nesses casos mostra
uma sensibilidade aos estímulos, tornando “fácil a mudança de foco e
difícil a fixação da atenção a uma só tarefa”.
Padrão predominante do TDAH
É interessante salientar que o Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade apresenta aquilo cuja comunidade científica convencionou
denominar de padrão predominante. Ele está dividido em desatento,
hiperativo-desatento ou o tipo combinado, quando os dois padrões
sintomáticos são percebidos.
Voltando para o quadro mais geral, deve-se ressaltar que aproximadamente
95% das pessoas diagnosticadas com o Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade até os primeiros 12 anos de vida. Por outro lado, as
crianças que apresentam os sintomas antes dos 7 anos chega à faixa que
varia entre 60 e 70%. O período escolar é extremamente importante para
que educadores consigam identificar os sinais. Há que se ressaltar
evidências neurobiológicas e hereditárias como aspectos que causam o
TDAH.
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e seus sintomas variados
Vale ressaltar que as crianças e adolescentes que convivem com TDAH
costumam mostrar instabilidade emocional. Elas, muitas vezes, agem de
maneira impulsiva e demonstram irritabilidade. Essa característica é
responsável por causar algumas situações embaraçosas, como dificuldade
do pequeno participar de trabalhos em grupos e que exigem uma dinâmica
maior. Outras consequências observadas nesses casos são “a falha na
produtividade e os prejuízos no funcionamento acadêmico e social. A
sensação de inadequação, baixa autoestima e adversidades no grupo social
provocam infelicidade e frustração, podendo gerar comportamentos
autodestrutivos e autopunitivos.” (NUNES & WERLANG, 2008)
A existência de comorbidades
Muitos transtornos vêm acompanhados das chamadas comorbidades e na
ocorrência do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade a
situação não é diferente. Estudos revelam que crianças diagnosticadas
com déficit de atenção podem apresentar Transtorno Bipolar, Transtorno
de Conduta, quadros de retardo mental, Transtorno Opositivo Desafiador,
sinais autísticos, entre outros. (DE LUCCIA, 2014)
Detalhe importante para a realização do diagnóstico
Especialistas chamam a atenção para o fato de que para diagnosticar o
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade de maneira eficaz é
preciso analisar se os sintomas característicos do TDAH se manifestam em
mais de um ambiente ou contexto social. Quando a criança apresenta
esses sinais somente em um local específico, a possibilidade a ser
considerada é que ela possa estar evidenciando “manifestações
representativas de uma situação familiar caótica ou de um método de
ensino inadequado.” (NUNES & WERLANG, 2008)
Como todos vocês podem perceber, o diagnóstico para identificar o
déficit de atenção e a hiperatividade precisa de muita cautela e
observação por parte dos profissionais. A família também exerce um papel
importante nos relatos aos especialistas.
Referências
DE LUCCIA, Danna Paes de Barros. Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH) diagnosticado na infância: a narrativa do adulto e
as contribuições da psicanálise. 2014. Dissertação. (Mestrado em
Psicologia) – Universidade São Paulo, São Paulo, 2014.
NUNES, Maura Marques de Souza; WERLANG, Bianca Susana Guevara.
Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade e transtorno de conduta:
aspectos familiares e escolares. ConScientiae Saúde, v. 7, n. 2, p.
207-216. Porto Alegre, 2008.
TDAH - TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE
O que é distúrbio de déficit de atenção?
O processo de desenvolvimento infantil é marcado por inúmeros
sobressaltos. Essa situação é atribuída à série de descobertas e
revelações que cada criança demonstra. Dentre tais detalhes, podemos
destacar aqueles que incidem sobre a vida da criança de maneira mais
séria. Transtornos e distúrbios podem fazer parte da nossa vida; e o
público infantil não está livre. Afinal, os pequenos estão em formação e
alguns desses quadros neurológicos, neurobiológicos e biológicos tendem
a vir, até mesmo, no nascimento. O déficit de atenção, por exemplo, é
um deles.
Antes da consolidação de pesquisas bem fundamentadas e respeitadas mundo
afora, essa condição era considerada como desatenção proposital,
preguiça de pensar e, pejorativamente, ‘lerdeza’. Os mais velhos que
conviveram com esse transtorno eram completamente mal compreendidos.
O que é o distúrbio de déficit de atenção?
Para tornar a explicação mais completa, é necessário falar sobre o
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. O TDAH é um
transtorno neurocomportamental. Interessante ressaltar que ele é um dos
mais comuns em crianças, sendo que a taxa de incidência entre elas varia
de 5 a 6% desse grupo em todo mundo.
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatísticos de Transtornos
Mentais-5, o TDAH está dentro do grupo dos Distúrbios de
Desenvolvimento. Isso revela uma condição que tem início na fase
infanto-juvenil.
Em relação ao déficit de atenção, De Luccia (2014) afirma a função
psíquica da atenção costuma estar relacionada aos aspectos da vigilância
e da tenacidade. Além disso, o déficit identificado nesses casos mostra
uma sensibilidade aos estímulos, tornando “fácil a mudança de foco e
difícil a fixação da atenção a uma só tarefa”.
Padrão predominante do TDAH
É interessante salientar que o Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade apresenta aquilo cuja comunidade científica convencionou
denominar de padrão predominante. Ele está dividido em desatento,
hiperativo-desatento ou o tipo combinado, quando os dois padrões
sintomáticos são percebidos.
Voltando para o quadro mais geral, deve-se ressaltar que aproximadamente
95% das pessoas diagnosticadas com o Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade até os primeiros 12 anos de vida. Por outro lado, as
crianças que apresentam os sintomas antes dos 7 anos chega à faixa que
varia entre 60 e 70%. O período escolar é extremamente importante para
que educadores consigam identificar os sinais. Há que se ressaltar
evidências neurobiológicas e hereditárias como aspectos que causam o
TDAH.
O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e seus sintomas variados
Vale ressaltar que as crianças e adolescentes que convivem com TDAH
costumam mostrar instabilidade emocional. Elas, muitas vezes, agem de
maneira impulsiva e demonstram irritabilidade. Essa característica é
responsável por causar algumas situações embaraçosas, como dificuldade
do pequeno participar de trabalhos em grupos e que exigem uma dinâmica
maior. Outras consequências observadas nesses casos são “a falha na
produtividade e os prejuízos no funcionamento acadêmico e social. A
sensação de inadequação, baixa autoestima e adversidades no grupo social
provocam infelicidade e frustração, podendo gerar comportamentos
autodestrutivos e autopunitivos.” (NUNES & WERLANG, 2008)
A existência de comorbidades
Muitos transtornos vêm acompanhados das chamadas comorbidades e na
ocorrência do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade a
situação não é diferente. Estudos revelam que crianças diagnosticadas
com déficit de atenção podem apresentar Transtorno Bipolar, Transtorno
de Conduta, quadros de retardo mental, Transtorno Opositivo Desafiador,
sinais autísticos, entre outros. (DE LUCCIA, 2014)
Detalhe importante para a realização do diagnóstico
Especialistas chamam a atenção para o fato de que para diagnosticar o
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade de maneira eficaz é
preciso analisar se os sintomas característicos do TDAH se manifestam em
mais de um ambiente ou contexto social. Quando a criança apresenta
esses sinais somente em um local específico, a possibilidade a ser
considerada é que ela possa estar evidenciando “manifestações
representativas de uma situação familiar caótica ou de um método de
ensino inadequado.” (NUNES & WERLANG, 2008)
Como todos vocês podem perceber, o diagnóstico para identificar o
déficit de atenção e a hiperatividade precisa de muita cautela e
observação por parte dos profissionais. A família também exerce um papel
importante nos relatos aos especialistas.
Referências
DE LUCCIA, Danna Paes de Barros. Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH) diagnosticado na infância: a narrativa do adulto e
as contribuições da psicanálise. 2014. Dissertação. (Mestrado em
Psicologia) – Universidade São Paulo, São Paulo, 2014.
NUNES, Maura Marques de Souza; WERLANG, Bianca Susana Guevara.
Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade e transtorno de conduta:
aspectos familiares e escolares. ConScientiae Saúde, v. 7, n. 2, p.
207-216. Porto Alegre, 2008.
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