A
conversa é uma forma sofisticada de comunicação oral, já que muitas
competências estão em jogo: explicar, relatar, descrever, argumentar,
perguntar e considerar a narrativa do outro. Quanta aprendizagem!
Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, a
roda de conversa é uma situação privilegiada de diálogo e intercâmbio de
ideias para as crianças.
Para que todas essas competências sejam vivenciadas e aperfeiçoadas na
Educação Infantil, esse momento deve acontecer diariamente nas turmas,
com duração de 10 a 20 minutos. Cabe ao professor organizar esse tempo e
viabilizar a participação ativa dos pequenos, sabendo que muitos deles
precisarão de ajuda nos seus enunciados orais.
Outro ponto fundamental a considerar é que o assunto em pauta vai ser
alterado, modificado ou ampliado durante a conversa, tal qual na vida
real! Por isso, o docente não pode alegar que determinada criança fugiu
do assunto ou fez comentários sem conexão com o tema.
Um assunto sempre puxa outro
Quando estão conversando com os amigos, os adultos também mudam
radicalmente de assunto, realizando uma série de conexões. A diferença é
que eles sinalizam a alteração, dizendo, por exemplo, “isso que você
falou me fez me lembrar de…”. As crianças também fazem essas conexões,
no entanto, ainda não sabem usar esse artifício e não identificam o
caminho que percorreram até trazer outro tema para a roda. Então, o que
parece desconectado certamente tem alguma ligação com o assunto ou
alguma palavra que foi falada.
Nesses casos, o professor deve deixar o relato seguir seu rumo,
escutando, demonstrando interesse e procurando envolver mais crianças,
mesmo que ocorram papos paralelos durante a atividade.
É importante dizer que o professor precisa tomar cuidado para não atuar como controlador da conversa, determinando quando é a vez de cada criança falar ou fazendo que todas falem apenas sobre o tema definido por ele.
Outro ponto a ser levado em conta é cuidar para não usar o tempo da roda de conversa para passar sermão na turma ou
ficar falando sem dar espaço para as crianças, a não ser que elas
tenham a chance de se manifestar para concordar com o que é dito.
Além disso, outra situação que acontece é quando o professor apenas permite que as crianças respondam em coro às
suas perguntas, intuindo o que devem dizer pelo tom ou maneira de se
expressar do docente, por exemplo: “ Na hora do lanche é preciso
mastigar com a boca….”, “ Depois de brincar no parque nó vamos….”.
Nenhuma dessas três situações sublinhadas se configura como roda de
conversa. Portanto, não possibilitam a ampliação do discurso e da
narrativa das crianças. Esse momento, ao contrário, deve fluir
livremente, com o professor no papel de participante mais experiente que
intervém para ajudar alguns a explicitar sua fala, para comentar, fazer
perguntas e, principalmente, ouvir atentamente cada criança. Dessa
forma, ele consegue observar quem precisa de mais apoio e incentivo.
A
conversa é uma forma sofisticada de comunicação oral, já que muitas
competências estão em jogo: explicar, relatar, descrever, argumentar,
perguntar e considerar a narrativa do outro. Quanta aprendizagem!
Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, a
roda de conversa é uma situação privilegiada de diálogo e intercâmbio de
ideias para as crianças.
Para que todas essas competências sejam vivenciadas e aperfeiçoadas na
Educação Infantil, esse momento deve acontecer diariamente nas turmas,
com duração de 10 a 20 minutos. Cabe ao professor organizar esse tempo e
viabilizar a participação ativa dos pequenos, sabendo que muitos deles
precisarão de ajuda nos seus enunciados orais.
Outro ponto fundamental a considerar é que o assunto em pauta vai ser
alterado, modificado ou ampliado durante a conversa, tal qual na vida
real! Por isso, o docente não pode alegar que determinada criança fugiu
do assunto ou fez comentários sem conexão com o tema.
Um assunto sempre puxa outro
Quando estão conversando com os amigos, os adultos também mudam
radicalmente de assunto, realizando uma série de conexões. A diferença é
que eles sinalizam a alteração, dizendo, por exemplo, “isso que você
falou me fez me lembrar de…”. As crianças também fazem essas conexões,
no entanto, ainda não sabem usar esse artifício e não identificam o
caminho que percorreram até trazer outro tema para a roda. Então, o que
parece desconectado certamente tem alguma ligação com o assunto ou
alguma palavra que foi falada.
Nesses casos, o professor deve deixar o relato seguir seu rumo,
escutando, demonstrando interesse e procurando envolver mais crianças,
mesmo que ocorram papos paralelos durante a atividade.
É importante dizer que o professor precisa tomar cuidado para não atuar como controlador da conversa, determinando quando é a vez de cada criança falar ou fazendo que todas falem apenas sobre o tema definido por ele.
Outro ponto a ser levado em conta é cuidar para não usar o tempo da roda de conversa para passar sermão na turma ou
ficar falando sem dar espaço para as crianças, a não ser que elas
tenham a chance de se manifestar para concordar com o que é dito.
Além disso, outra situação que acontece é quando o professor apenas permite que as crianças respondam em coro às
suas perguntas, intuindo o que devem dizer pelo tom ou maneira de se
expressar do docente, por exemplo: “ Na hora do lanche é preciso
mastigar com a boca….”, “ Depois de brincar no parque nó vamos….”.
Nenhuma dessas três situações sublinhadas se configura como roda de
conversa. Portanto, não possibilitam a ampliação do discurso e da
narrativa das crianças. Esse momento, ao contrário, deve fluir
livremente, com o professor no papel de participante mais experiente que
intervém para ajudar alguns a explicitar sua fala, para comentar, fazer
perguntas e, principalmente, ouvir atentamente cada criança. Dessa
forma, ele consegue observar quem precisa de mais apoio e incentivo.
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